Nota de solidariedade aos companheiros/as da ADUNESP
A diretoria executiva da ADUEMG, Seção Sindical do ANDES SN, se solidariza com a ADUNESP e reforça que dirigentes sindicais merecem o respeito e cuidado da comunidade acadêmica, assim com todo/toda docente. Em tempos obscuros, onde as liberdades individuais estão ameaçadas, a Universidade Pública não pode ser palco de demonstrações de intolerância, perseguição e arbítrio. Afirmamos toda solidariedade ao companheiro Henrique Novaes e exigimos a imediata dissolução da sindicância instaurada. Estaremos juntos na defesa da ADUNESP – Seção Sindical do ANDES SN, e na defesa intransigente dos lutadores e das lutadoras sociais.
Prof. Roberto Kanitz – Presidente da ADUEMG
Segue abaixo a nota da ADUNESP na íntegra:
============================================================
Marília, campus de resistência e luta pela democracia, não pode ser palco de exceção acadêmica e perseguição política
Frente aos surpreendentes fatos que vêm ocorrendo no campus da Unesp de Marília, em flagrante atentado à democracia universitária e à autonomia sindical, a diretoria da Associação dos Docentes da Unesp – Adunesp S. Sindical do Andes-SN vem a público expor o que segue.
O presidente da subseção da Adunesp Marília, professor Henrique Tahan Novaes, está sendo submetido, pela atual direção do campus, a um processo de sindicância administrativa absolutamente injustificável. A não ser pela clara intencionalidade de mover perseguição política a ele e à entidade que dirige.
No apagar das luzes de seu mandato, o diretor atual, professor Marcelo Navega, deu início à sindicância sob a alegação de que o presidente da Adunesp, enquanto membro da Comissão Eleitoral que acompanhava a sucessão para o cargo de diretor da unidade, manifestou opinião dentro do grupo de WhatsApp de coletivo de pesquisa do qual faz parte, portanto, uma instância privada de comunicação entre seus membros.
Consideramos absolutamente pertinente a nota de repúdio dos ex-presidentes da Adunesp Marília, subscrita por dezenas de outros docentes do campus, da qual reproduzimos:
“Comissões Eleitorais não são formadas para vigiar e punir seus membros, mas sim para garantir o bom andamento das eleições (...).”
“(...) não há nenhuma lei ou regulamento, seja da Unesp, ou do funcionalismo público estadual, que proíba os docentes desta instituição ou de outras universidades de expressarem sua posição política durante eleições para diretores ou qualquer outro cargo eletivo.”
No momento em que nosso país sofre com os amargos resultados do avanço de políticas de coloração fascista, com o confisco de direitos trabalhistas e enormes retrocessos sociais, é inconcebível que uma iniciativa de ataque à democracia aconteça justamente no interior da universidade pública. Perseguir o presidente de uma entidade sindical, quando tem cabido aos sindicatos papel fundamental na resistência contra estas políticas nefastas, é ainda mais lamentável.
A Adunesp S. Sindical reivindica da atual direção do campus de Marília que anule os atos aqui denunciados, honrando a história de resistência e luta da comunidade acadêmica do campus.
São Paulo, 9 de novembro de 2020.
Diretoria da Adunesp Central
Comments