Comando Geral de Greve e Reitoria se reúnem para apresentação da pauta da greve na UEMG

Na tarde dessa segunda-feira (21/03) os/as representantes do Comando Geral de Greve se reuniram com a Reitoria da Universidade do Estado de Minas Gerais para apresentação da pauta de reivindicações da categoria docente na UEMG, que iniciou sua greve no último dia 18. Por parte do CGG estiveram Roberto Kanitz (presidente da ADUEMG), Cássio Diniz (vice-presidente), Zaira Vieira e Lucas Piter. Também estiveram presentes a reitora Lavínia Rosa Rodrigues, o vice-reitor Thiago Torres, o pró-reitor de gestão e finanças Fernando Sette Jr., e equipe técnica.

Na ocasião, o Comando Geral de Greve apresentou os motivos do movimento paredista. O prof. Roberto Kanitz apresentou os dez pontos da pauta de reivindicações da categoria, explicando os seus detalhes e o histórico de sua construção. A profa. Zaira Vieira apontou a necessidade do governo em cumprir o Acordo de Greve, em especial a incorporação das gratificações, sendo um dos pontos vitais de negociação, e para o qual há inclusive um projeto de lei apresentado por deputadas/os na ALMG. Já o prof. Lucas Piter ressaltou a importância das nomeações dos atuais concursados que já cumprem, dentro da ordem de classificação, as funções docentes na situação de contratados de forma precária.

A reitoria se posicionou sensível à pauta de reivindicações, fazendo algumas ponderações sobre os limites prudenciais da Lei de Responsabilidade Fiscal e a posição do governo em não permitir a expansão da folha de pagamento. Contudo, a reitora Lavínia Rodrigues se comprometeu a levar essa discussão aos órgãos competentes do Executivo estadual.

Sobre os limites da LRF e a tentativa do governo de aprovar o projeto do Regime de Recuperação Fiscal em Minas, o prof. Cássio Diniz ressaltou que a greve se coloca como instrumento de valorização profissional, mas vai além. “Hoje a UEMG atua buscando se manter diante dos limites financeiros determinados pelo governo. Contudo, nesse momento a greve ganha importância maior. Colocamos em pauta o debate sobre o papel da Universidade pública em nossa sociedade, como também a responsabilidade do governo em sua manutenção. Cabe nesse processo debatermos com profundidade o lugar da UEMG e da Unimontes no orçamento do Estado, para que essas universidades cumpram verdadeiramente com seu papel em Minas Gerais, a serviço da sociedade. E para isso, é fundamental que a carreira docente seja reconhecida, valorizada e respeitada”, disse Cássio Diniz.

Também foi lembrando que na próxima segunda-feira (28/03) ocorrerá uma reunião entre a SEPLAG e as duas seções sindicais (ADUEMG e Adunimontes), quando as reivindicações serão debatidas entre o governo e os representantes da categoria docente. E por fim, o CGG e a Reitoria entraram em consenso em relação as orientações para as unidades nesses primeiros dias de greve, com indicativo de novas orientações somente após a reunião da próxima segunda.