ADUEMG se reúne com Luísa Barreto (SEPLAG) na Cidade Administrativa, em nova tentativa de resolver as demandas da categoria
Na tarde dessa segunda-feira (06/05) a ADUEMG se reuniu com a Secretária de Planejamento e Gestão, Sra. Luísa Barreto, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. A reunião foi solicitada pela diretoria da ADUEMG por meio do ofício 15/2024 e enviado em 02 de maio. A seção sindical esteve representada na reunião pelo seu presidente Túlio Lopes, pelo secretário-geral Cássio Diniz, e pela diretora da Regional Leste do ANDES-SN Wilma Guedes de Lucena, também membros do Comando Geral de Greve. Estiveram também a subsecretária de Gestão de Pessoas Kênnya Duarte, a reitora e o vice-reitor da Universidade do Estado de Minas Gerais, Lavínia Rosa Rodrigues e Thiago Pereira, e o deputado estadual Cássio Soares.
Fonte das imagens: site da UEMG
A reunião foi iniciada e Túlio Lopes apresentou toda a pauta de reivindicações, como: o cumprimento do Acordo de GREVE (Incorporação das gratificações ao vencimento básico; Aumento e implementação das Dedicações Exclusivas (DE´s); Pagamento por titulação para os/as docentes em Estágio Probatório; 20 para 40h; Concurso Público); o respeito a Autonomia Universitária e recomposição orçamentária; o reajuste Salarial; o aumento no valor da Ajuda de Custo; as gratificações para cargos de gestão; a manutenção da ajuda de custo durante as licenças médicas, maternidade/paternidade; a garantia de pagamento por titulação; a abertura imediata de uma mesa de negociação permanente. Túlio Lopes completou que a Greve Docente na UEMG está sendo a mais forte e abrangente da história das universidades estaduais mineiras, com forte adesão de 19 das 22 unidades da capital e do interior, algo nunca visto até então.
Em seguida, Cássio Diniz apontou que foram dois anos de tentativas de negociação com o governo. Disse que a forte greve iniciada na semana passada é o resultado da falta de respostas concretas do Poder Executivo às demandas dos e das docentes, e que urge encontrarmos soluções para finalmente resolvermos esse embate. Já Wilma Guedes apresentou um estudo do ANDES-SN sobre a situação das universidades estaduais mineiras em um balanço comparativo e jurídico da situação orçamentária e salarial, e como a UEMG é a única universidade pública a não reconhecer a Dedicação Exclusiva como um regime de trabalho ao qual toda a categoria tem direito, apontando que o governo de Minas encara as D.E.’s como gratificação de gestão, desviando de seu propósito.
Após a explanação da ADUEMG, a Sra. Luísa Barreto pediu a palavra e informou que Minas Gerais está em uma situação financeira grave, que o governo estadual está acima do limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal há nove anos, e que não vê soluções para essa situação, frente às limitações orçamentárias e legais. Alegou que os investimentos na UEMG aumentaram até 2022, apesar da seção sindical apontar os cortes a partir de então.
Sobre a D.E – que fora aprovada em resolução do CONUN em 2022 – ela aponta que a UEMG não tem autonomia universitária para tratar de aumento de gastos, e que o Conselho não podia aprovar algo que não tem como dispor do orçamento para o seu pagamento. Mais uma vez informou sobre as restrições da LRF, que também – segunda ela – impedem a incorporação das gratificações ao vencimento básico. A mudança do regime de 20 para 40h foi também respondido pela secretária Luísa Barreto, e como definido na reunião de 24 de abril, será criado um grupo de trabalho para elaborar uma proposta, com integrantes da SEPLAG, reitoria e sindicato. Já sobre a contratação de temporários por meio de PSS, Luísa informou que novo texto contemplando a titulação acadêmica de acordo com o apresentado pelo candidato está em elaboração e será incorporado ao Projeto de Lei 875/23, em trâmite na ALMG.
A secretária informou que reconhece o Acordo de Greve de 2016, homologado pela Justiça em 2018. Contudo, apontou que é necessária que a situação financeira do Estado melhore, abrindo espaço no limite da LRF. Por fim, não aceitou a instauração de uma Mesa de Negociação Permanente entre governo e ADUEMG, por entender que não tem o que negociar.
Entre tantas negativas, os únicos pontos que apresentou possibilidade de análise é o aumento do valor da Ajuda de Custo e uma provável suplementação orçamentária. Questionada pela ADUEMG sobre alguma proposta concreta de aumento da A.C. por parte do governo, Luísa Barreto respondeu que não tem, e que isso dependeria de um estudo a ser feito pela SEPLAG. Por mais de uma vez a seção sindical cobrou a possibilidade de propostas em breve, inclusive solicitando uma reunião na próxima quarta-feira (08/05) para que elas fossem apresentadas. Porém, a secretária respondeu não ser possível se reunir de fato por não conseguir apresentar uma proposta nesse dia, mas que estaria aberta a nova reunião para a próxima semana.
Ao final da reunião a ADUEMG informou que diante da falta de propostas concretas por parte do governo, a greve docente na UEMG tenderá a continuar com força, com forte participação não apenas de docentes, mas com o apoio do movimento estudantil e do corpo técnico-administrativo.
Hoje (07/05) a ADUEMG se reunirá com a Reitoria da UEMG e haverá um ato na entrada do Prédio Minas a partir das 13 horas. A categoria volta a se reunir em Assembleia Geral no dia 08 de maio, às 14 horas, no Espaço Democrático da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e deliberará os novos rumos do movimento grevista. Nesse dia também teremos a presença dos colegas da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), que poderão se somar à luta iniciada na UEMG.
Pois então, percebemos que se trata de um governo que se apresenta como democrático, mas somente na fachada. Arrogantes na hora da negociação, projetos de vitrine, cínicos nas propostas. Fora Zema, e sua turba. Luísa Barreto, sei que não te querem em São Paulo, mas aqui também não a queremos. Tente Santa Catarina ou Paraná. Lá tem muitos bolsominions, e eles gostam de charlatanice. Lá vc se dará bem, pelo menos por algum tempo, até que o braço forte da lei (e não estou falando da LRF) lhe alcance.
Parabéns para a direção da ADUEMG e para as/os docentes em greve! Condições dignas de trabalho e vida não são benefícios dados aqui ou ali por governantes no poder; são conquistados com resistência e luta de trabalhadoras e trabalhadores. Viva a classe trabalhadora! Avante! Rumo à vitória, sempre!
O Governo ZEMA é inimigo da Educação! Fala-se tanto em impacto, mas a incorporação dos benefícios não traria impacto algum, por exemplo! É má vontade, é od1o pela ciência mesmo…